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Além de divulgar meu trabalho como psicólogo, quero compartilhar com você neste espaço, diversos materiais relacionados à psicologia, como: artigos, opiniões, fóruns, links, livros, filmes, entre outros.
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Luis C. Pontes
CRP 08/17138

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Do escambo ao escambau


Sempre houve uma “moeda” de troca, há muito tempo atrás se praticava o escambo, eram as trocas de mercadoria, hoje temos o dinheiro (eu não tenho!), as folhas de cheque, os cartões de crédito e o escambau. É muito difícil imaginar a vida sem dinheiro, não é mesmo? Não estou falando sobre ter muito ou pouco dinheiro não! As desigualdades de bens sempre existiram de alguma forma. Uns tinham mais bois, outros tinham mais terra, mais plantação e assim era e continua sendo a vida. Socialismo, capitalismo, monarquismo, comunismo, nada muda, há sempre alguns praticando a “lei de Gérson”.
As desigualdades não chegam a me incomodar tanto, o que me incomoda é a falta de oportunidades pra todos. Tirando a “maldita” sorte, a oportunidade de fazer uma faculdade visando ter um bom emprego, fazer o que se gosta, contribuir para a sociedade, dar melhores condições para sua família, é uma equação bastante complexa, mas, que sempre chega a um mesmo resultado – dinheiro. Uma quantidade de dinheiro num momento oportuno é uma chave micha para as oportunidades. Por isso, volto atrás, oportunidades é o que não faltam em nossa sociedade, sempre há uma oportunidade para tudo que você ainda nem pensou. A vida é um google.com, digite o que quiser e encontrará, mas, você tem ao menos dinheiro pra permanecer conectado? Do contrário, mal verá o resultado da sua busca, do que procura ou realmente precisa.
O que você significa para o mundo se não tiver grana? Alguém insignificante é claro. Sabe o que você faz sem 1 centavo no bolso ou quando tem apenas R$ 2,50 pra voltar pra casa? Isso mesmo, caminha...
Dizem que pra se ter mais dinheiro, bom mesmo é poupar, investir, mas, quem é o Palloci que consegue aumentar o patrimônio 20x em quatro anos como o tal do Palhaço?
O dia dos namorados está aí, e, não tenha a ilusão que é um dia pra ficar apenas coladinho com sua amada não, é dia de sair pra lanchar com ela, pegar um cine, carregar aquele saco cheio de pipoca, dar aquele presentinho baratinho, resumindo, é um dia para gastar com ela e vice-versa. Oras, o comércio tá esperando apaixonadamente vocês, ou o dinheiro de vocês, porque o mundo nos vê como $ ambulantes.
Sem dinheiro não somos nada, ou melhor, somos dívidas, cachorros sem donos em frente ao restaurante.
Nessa onda de marchas, gostaria de organizar uma marcha pelos “sem dinheiro”, mas, quem vai pagar as faixas e cartazes?
Estou exagerando? Tenta fazer algo sem dinheiro então.
É dinheiro pra nascer e pra morrer. Graça? Só mesmo a de Deus, e olha que custou duras 30 moedas de prata.
Como seria o mundo se não precisássemos de dinheiro pra vivermos? Você imaginou isso? Sei que se você não tem dinheiro já imaginou ou começará agora mesmo.
Se o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males, ok, não quero mesmo amá-lo, mas, quem me amará sem um tostão? Portanto, posso odiar o dinheiro, mas, enquanto o mundo continuar sendo desse jeito, eu preciso de dinheiro, de algum dinheiro. Sei que ele não traz felicidade e nem manda buscar, mas não posso negar que algumas oportunidades só me são abertas se eu tiver um pouco desse miserável passaporte.
Sei que valho mais do que ele – dinheiro, mas, tenho perdido a queda-de-braço contra ele, afinal, me sinto preso sem ele, já ele, é livre, é capaz de passar por vários lugares simples, mas que sem ele eu não passo a catraca do ônibus, por exemplo.

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